Uma conversa sobre a produção de conhecimento em conjunto e o lugar da crítica na atualidade. Foi assim que a pesquisadora e curadora Izabela Pucu abriu seu curso “Crítica da Crítica: repensar e reinventar a crítica e a pesquisa em arte hoje”, iniciando o primeiro dos dois ciclos que compõem o Ateliê de Pesquisa e Crítica, denominado “Crítica de Barricada – Relações entre pensamento e política”, promovido pela Pinacoteca do Ceará e que segue até abril.
Os 40 participantes selecionados foram recepcionados pelo diretor da Pinacoteca, Rian Fontenele. Ana Cecília Soares e Júnior Pimenta, editores da Revista Reticências, parceira na coordenação do Ateliê, também participaram das falas de acolhida.
Ana Cecília e Junior Pimenta acentuaram a importância da parceria entre equipamento e publicações com foco artístico, proporcionando a troca de experiências, visões de mundo e diversidade na arte brasileira e cearense. Já o diretor Rian Fontenele salientou a concepção da Pinacoteca do Ceará como um museu-ateliê, um espaço de experimentação, reflexão e crítica, ressaltando as possibilidades de um acervo mais representativo e construído em conjunto com a comunidade artística.
Em seguida, iniciou-se o primeiro módulo do Ciclo I, com a artista, editora e gestora cultural Izabela Pucu e acontece nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro trazendo, entre os temas tratados, a hegemonia das redes; a crítica como prática instituinte e as experiências críticas em rede.
Aula aberta ao público
A programação do Ateliê seguiu pela noite com a Aula Aberta “A dimensão política da crítica e da obra”, com Izabela Pucu, Júnior Pimenta e mediação de Ana Cecília Soares. Júnior iniciou as falas versando sobre sua trajetória artística e as relações entre arte e política, evidenciada em sua pesquisa mais recente. Izabela chamou a atenção ainda mais para as fronteiras de deslocamento mútuo entre arte e política, baseando-se principalmente no crítico de arte Mário Pedrosa.
Sobre o Ateliê de Pesquisa e Crítica
Coordenado por Ana Cecília Soares, jornalista, pesquisadora, curadora; e Júnior Pimenta, artista visual e mestre em artes, ambos editores da Revista Reticências. A formação propõe oferecer embasamento teórico e ferramentas para quem deseja escrever sobre arte ou se aprofundar na história e nos fundamentos da crítica, além de incentivar futuras pesquisas na área.
O ateliê conta com seis módulos de três aulas presenciais cada um, que acontecerão entre 23 de fevereiro e 1 de abril, divididos em dois ciclos: “Crítica de Barricada: relações entre pensamento e política” e “Revisões e experimentos críticos”. A metodologia contará com aulas teórico-práticas e debates sobre as temáticas propostas.